Pesquisa Quaest divulgada nesta terça-feira (8) aponta que 43% dos brasileiros têm uma imagem negativa do presidente dos EUA, Donald Trump, enquanto 22% o veem de forma positiva.
A percepção sobre os Estados Unidos piorou: 41% dos entrevistados têm uma imagem desfavorável do país, contra 24% da rodada anterior, em março de 2024 — quando Trump ainda não era presidente. Já a imagem favorável dos EUA caiu de 58% para 44% no mesmo período.
Com isso, passou a haver um empate técnico entre a parcela da população brasileira que tem imagem negativa e a que tem imagem positiva dos EUA (antes, os que tinham imagem positiva eram maioria).
A imagem de Donald Trump é mais negativa do que positiva entre homens e mulheres, católicos e evangélicos, e em todos os recortes por faixa etária, raça, escolaridade e renda familiar.
A única exceção está entre os eleitores que votaram no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições de 2022: nesse grupo, 44% têm uma visão positiva de Trump, contra 20% que o avaliam negativamente. Já entre os eleitores de Lula, a percepção é amplamente negativa — 61% veem o ex-presidente americano de forma desfavorável, enquanto apenas 8% têm uma opinião positiva sobre ele.
Opinião sobre os EUA
- Favorável: 44%
- Desfavorável: 41%
- Não sabem ou não responderam: 15%
A percepção sobre os Estados Unidos piorou. Atualmente, 41% dos entrevistados têm uma imagem desfavorável do país, contra 24% na rodada anterior, realizada em março de 2024 — quando Donald Trump ainda não havia assumido a presidência. Já a avaliação positiva dos EUA caiu de 58% para 44% no mesmo período.
Ao se observar os dados por recorte de voto no segundo turno das eleições de 2022, nota-se uma inversão nas opiniões dos eleitores de Lula em relação à pesquisa anterior, feita em março de 2024, ainda sob o governo do democrata Joe Biden. Antes, 50% dos eleitores de Lula tinham uma visão favorável dos EUA; agora, esse índice caiu para 27%. Já a fatia com opinião negativa subiu de 32% para 57%.
Entre os eleitores de Bolsonaro, a maioria segue com percepção positiva dos Estados Unidos, apesar de uma leve oscilação dentro da margem de erro no último ano: o índice favorável passou de 71% para 69%. Já a taxa dos que têm visão negativa subiu de 16% para 20%, também dentro da margem de erro.
O levantamento ouviu 2.004 pessoas entre 27 e 31 de março, antes do Dia da Libertação, como Trump chamou o anúncio de tarifas de importação adicionais para quase todos os países do mundo, mas depois que o presidente do EUA já havia iniciado o aumento de algumas taxas (como as aplicadas sobre o aço e o alumínio, exportados pelo Brasil para lá.)
Por g1
Foto: Reprodução