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Quatro países africanos enfrentam falta de vacina infantil contra o rotavírus

Países como Quênia, Tanzânia, Senegal e Camarões, na África, enfrentam escassez ou falta de doses da vacina contra o rotavírus, que permite prevenir a infecção que pode ser fatal para crianças. O problema acontece após interrupções na farmacêutica GSK, de acordo com informações de autoridades próximas à produção ouvidas pela Reuters.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que até 200 mil crianças morrem a cada ano da infecção altamente contagiosa, que é a principal causa global de gastroenterite grave e desidratação em crianças menores de cinco anos.

Autoridades no Quênia, Tanzânia, Senegal e Camarões não tiveram resposta imediata aos pedidos de comentários da Reuters. A GSK confirmou que há um déficit de cerca de 4 milhões de doses de sua vacina Rotarix este ano, com uma queda de 46 milhões para 42 milhões.

A farmacêutica britânica já havia cortado suas entregas acordadas em 10 milhões por ano para o período 2022-2028, disse Gavi, a Vaccine Alliance. A GSK reconheceu a queda na oferta e disse que está buscando planos para lidar com o déficit.

“A GSK comunicou a Gavi no início deste ano sobre os desafios de fabricação que levaram a uma queda não planejada e de curto prazo na produção do Rotarix para 2022, para a qual os planos prioritários de mitigação estão totalmente implementados”, disse um porta-voz da GSK à Reuters.

A GSK não deu mais detalhes sobre os problemas de fabricação ou quais planos estavam em vigor. Gavi disse que, além da queda nos suprimentos do Rotarix em 2022, também haverá atrasos na entrega.

Uma fonte próxima às negociações entre as duas partes disse entender que os atrasos se devem a ausências de funcionários durante a pandemia de Covid-19. A GSK não deu mais detalhes.

Por CNN

Foto: Catherine Falls Commercial/Getty Images