A rinoplastia, uma das cirurgias plásticas mais realizadas no mundo, tem como objetivo não apenas melhorar a aparência e a proporção do nariz, mas também corrigir dificuldades respiratórias. O Brasil lidera o ranking mundial desse procedimento, com 87.879 cirurgias realizadas, segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS). Em entrevista ao programa Altos Papos, o médico Washington Almeida, especialista em rinologia e referência em cirurgia plástica da face, destacou a importância de conciliar estética e funcionalidade no procedimento.
“Muitas vezes, o paciente já se acostumou com o desvio e não sabe o que é respirar bem. Por isso, o diagnóstico começa com a anamnese e o exame físico”, explicou Almeida. Segundo ele, exames como a rinoscopia e a videoendoscopia nasal são fundamentais para identificar alterações internas do nariz. Em casos específicos, como o de pacientes com nariz grande, uma redução significativa pode exigir ajustes internos, como a correção de desvios, para garantir que a respiração não seja prejudicada após a cirurgia. “Jamais se deve priorizar a estética em detrimento da função, o nariz é um órgão importante e controlador de energia”, alertou o médico.
Além dos benefícios funcionais, a rinoplastia também impacta positivamente a autoestima dos pacientes. “Na estética, a grande mudança é o aumento da autoestima. Um nariz tortuoso, adunco ou muito achatado pode causar desconforto com a própria imagem. Harmonizar o nariz com o rosto traz uma melhora significativa na confiança do paciente”, afirmou Almeida. Ele reforça ainda que os ganhos funcionais são igualmente valiosos: “Respirar corretamente pelo nariz é essencial, pois respirar pela boca pode causar cansaço facilmente. O nariz, de certa forma, é um economizador de energia para o corpo.”
Combinando benefícios estéticos e funcionais, a rinoplastia segue como uma das cirurgias mais procuradas, mas, como lembra Almeida, a saúde e o bom funcionamento do nariz devem sempre ser priorizados.