A Secretaria de Saúde da Bahia tem demonstrado preocupação com os casos de reinfecção de Covid-19 em meio à segunda onda da doença que atinge o estado. Assumindo a pasta durante a ausência de Fábio Vilas-Boas (afastado por contrair o novo coronavírus), a secretária em exercício Tereza Paim reforça que a situação é grave.
“Eu sou prova viva, tive reinfecção. Tive em dezembro, tive agora no início de fevereiro. Esses casos estão acontecendo. As pessoas com a cepa habitual estão se reinfectando”, afirmou nesta terça-feira (2).
De acordo com ela, os profissionais de saúde estão sendo os mais afetados, mas “a população geral que se expõe também pode ter reinfecção”. “O profissional de saúde é o mais exposto e têm sido acometidos. Não por aglomeração, mas por trabalhar em UTI Neonatal. O Brasil está passando por uma fase muito crítica, de uma segunda onda que está sobrepondo a primeira onda”, declarou.
Diante do cenário, Tereza Paim defende o toque de recolher, reforçando o pedido para que as pessoas que moram na Bahia não se descuidem com o uso de máscaras de proteção, com a higienização das mãos e com o distanciamento social.
“Está mais do que na hora de toda a população se unir. Ninguém quer tirar o emprego de ninguém, o que a gente não quer é ver mais mortes do que a gente vem vendo. A Bahia é o segundo estado com o menor mortalidade, e isso se deve ao esforço não só do governador [Rui Costa], mas de todos os trabalhadores de saúde. Entendemos que isso [toque de recolher] vai fazer cair a curva, porque mais leitos estão sendo abertos. A taxa de ocupação está acima de 80%. Medidas mais drásticas realmente têm que se tomadas”, disse.