O secretário de Cultura de Feira de Santana, Jairo Carneiro Filho, afirmou que a carta aberta divulgada pelo Fórum Permanente de Cultura da cidade, divulgada em primeira mão e ao vivo pelo Altos Papos na terça-feira, 9, é “algo muito similar” ao que está sendo questionado por ela ao município: a falta de comunicação, já que, o secretário alega que a pasta não foi comunicada oficialmente sobre as reivindicações e que não há dificuldades em apresentar respostas.
“A gente se depara com surpresa porque, aparentemente, nós temos algo muito similar acontecendo com essa carta aberta, a qual, não chegou oficialmente até nós e eu estou tendo total conhecimento através de vocês. Mas não existem dificuldades de responder os pontos questionados. Pelo contrário. Independente dessa carta, que está vindo via redes sociais sem ter sido protocolada na secretaria, eu sou uma pessoa que defende o diálogo. Recebo as sugestões porque considero que são importantes e fazem com que a partir desse processo democrático, tenhamos uma construção em conjunto e possamos fazer cada vez melhor”, salientou.
Na carta, o Fórum volta a cobrar um canal de diálogo com a Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer (SECEL). Segundo a entidade, todas as informações chegam por grupos de WhatsApp, e manifesta preocupação como vem sendo conduzido os processos relacionados à Lei Paulo Gustavo no âmbito do município.
Jairo Carneiro Filho ressaltou que toda comunicação oficial da Secretaria de Cultura é feita pelo site da Prefeitura e que a utilização do WhatsApp para contactar fazedoras e fazedores de cultura existe por questão do “imediatismo”. Quanto à Lei Paulo Gustavo, ele garantiu que “está sendo cumprida dentro do prazo, em meio ao recesso do réveillon, e com transparência”.
Sobre a burocracia para contratação de artistas locais e atrasos de cachês, o secretário esclareceu que este é um problema enfrentado por qualquer ente público. “As vezes, você tem um grande artista e ele não está com a documentação apropriada para ser contratado pelo município. Então é necessário que as pessoas busquem se organizar. Quando contratamos, nós temos um prazo de 90 dias para efetuar o pagamento, mas se no decorrer do processo uma certidão do contratado vencer, é normal que esse tempo possa ter uma variação”, minimizou.
Foto: Rafael Carvalho/Altos Papos