O Secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas, se posicionou contra a decisão do bloco Filhos de Gandhy de proibir a participação de homens trans na agremiação. Em nota pública, Freitas destacou que as tradições precisam dialogar com os avanços sociais e que a identidade de gênero não deve ser motivo de discriminação.
“Pessoas trans não podem ser discriminadas em função de sua identidade de gênero. Espero que o bloco – um patrimônio da tradição da Bahia – atualize sua normativa em favor da diversidade que sempre inspirou o imaginário desta agremiação”, informou o secretário.
Freitas ressaltou ainda que o bloco, conhecido por suas campanhas de combate à violência contra a mulher e sua histórica mensagem de paz durante o Carnaval, já promoveu importantes avanços e deveria continuar evoluindo para incluir a diversidade de gênero.
A polêmica sobre a exclusão de homens trans no Filhos de Gandhy gerou debates nas redes sociais e entre grupos ligados aos direitos humanos e à cultura do estado. Movimentos LGBTQIA+ criticam a decisão, apontando que a identidade de gênero não deveria ser critério para participação no bloco, que historicamente celebra valores como paz e respeito.
A diretoria do Filhos de Gandhy ainda não se manifestou oficialmente sobre as declarações do Secretário de Justiça nem sobre as críticas recebidas.