O influenciador digital e rifeiro Ramhon Dias de Jesus Carvalho foi solto na terça-feira, 3, em Salvador, após ter a prisão preventiva revogada pela Justiça da Bahia. A informação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJ-BA) e pela defesa do investigado.
Suspeito de lavar dinheiro para o tráfico de drogas com sorteios ilegais na capital baiana, Ramhon estava na Cadeia Pública da capital baiana, localizada no Conjunto Penal da Mata Escura, desde setembro, quando foi deflagrada a Operação Falsas Promessas.
Durante a ação, outras 18 pessoas foram presas. Destas, seis tiveram a soltura determinada pela Justiça em outubro, incluindo o rifeiro José Roberto Santos, mais conhecido como Nanam Premiações.
Agora, além de Ramhon, mais dois homens ganharam a liberdade: Gabriel de Amorim Fonseca e David Mascarenhas Alves de Santana. Eles já tinham solicitado a soltura, mas o pedido havia sido negado em outubro.
Os três suspeitos devem seguir medidas cautelares determinadas pelo juiz Cidval Santos Souza Filho, responsável pela decisão. São elas:
- Pagamento de fiança no valor de vinte salários mínimos: R$ 28.240,00;
- Proibição de se ausentar do território da comarca por mais de sete dias sem autorização judicial;
- Manutenção do endereço e contato telefônico atualizado nos autos, assim como comparecer presencialmente a todos os atos do processo;
- Monitoração eletrônica.
Já para Gabriel de Amorim Fonseca, a Justiça determinou mais uma medida:
- A frequência compulsória a programa de desintoxicação do uso de drogas ou tratamento clínico ambulatorial, cuja frequência deverá ser comunicada mensalmente nos autos.
Relembre o caso
Ramhon Dias, Nanam Premiações e as outras pessoas foram presas no dia 5 de setembro. Ao todo, 48 mandados foram cumpridos contra o grupo suspeito de movimentar meio bilhão de reais em transações financeiras ilícitas.
Ao todo, foram 14 mandados de prisão na Bahia, cinco em Goiás, um no Ceará, um no Espírito Santo e 26 mandados de busca e apreensão. Além disso, um suspeito morreu em confronto com a polícia e 40 veículos, lanchas e motos aquáticas foram apreendidas.
Segundo a Polícia Civil (PC), a organização almejava aproveitar a estratégia midiática e a aparente influência social e política dos suspeitos para burlar a fiscalização mais efetiva sobre a origem do dinheiro.
Por G1
Foto: reprodução/Instagram