Altos Papos

Vereador Thammy Miranda diz que não teria assinado CPI se houvesse menção ao padre

O vereador de São Paulo Thammy Miranda (PL) realizou uma transmissão ao vivo nas redes sociais com o padre Julio Lancellotti, na quinta-feira, 4, após a repercussão da possível instalação da CPI das ONGs do Centro no início do calendário legislativo, em fevereiro.

O parlamentar foi um dos 25 que assinou o requerimento de abertura da Comissão de Inquérito Parlamentar para investigar organizações que atuam com a população em situação de rua na região conhecida como “cracolândia”, na capital paulista. O pedido é de autoria do vereador Rubinho Nunes (União Brasil) e foi protocolado em 06 de dezembro.

Na sua conta oficial, Thammy afirmou que o requerimento assinado não cita o padre Júlio e que, uma vez que seja essa a finalidade da CPI, solicitou a sua “assessoria jurídica para fazer imediatamente a retirada do meu apoiamento“.

“Se tivessem me apresentado uma CPI [com] ‘vamos investigar o padre Júlio Lancellotti’, eu jamais teria assinado, porque o trabalho que o senhor faz, o trabalho que o senhor apresenta, é o que eu faço hoje em dia, que é cuidar de gente, cuidar de pessoas”, afirmou Thammy durante a live.

Lancellotti agradeceu o convite e disse que considera “muito importante que possamos estar conversando juntos e eu estou muito feliz em estar podendo falar com você”.

Rebatendo críticas de que não teria lido o requerimento, Thammy afirmou: “eu li e postei ainda o projeto que me foi apresentado, só que ele mudou a finalidade. Hoje ele se tornou uma CPI direcionada ao padre Júlio Lancellotti”.

Apesar de não haver menção a Lancellotti no documento protocolado, o autor do pedido confirmou que sua intenção é que o padre seja convocado, caso a comissão seja instalada.

“Ele capitaneia tudo isso, então ele é uma figura que vai ser convocada tão logo a CPI seja instalada”, disse Nunes.

Por CNN Brasil

Foto: reprodução/Richard Lourenço/Rede Câmara