Altos Papos

Reitor da UFRB diz que cortes no orçamento são nocivos

Depois de tensa negociação com o Congresso, a Lei Orçamentária de 2021 foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), com veto de quase R$30 bilhões à proposta aprovada pelos parlamentares.

Um dos setores afetados por essa redução foi a educação, que vai deixar de receber R$ 3,9 bilhões. Essa redução vai apertar ainda mais o caixa de universidades e institutos federais de ensino, que já operam com déficit há um tempo e, agora, podem ter seu funcionamento prejudicado e alguns programas estudantis afetados.

Em entrevista ao Programa Altos Papos, o reitor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB, Fábio Josué Souza, diz que as universidades federais vêm enfrentando “sucessivos cortes e contingenciamento de recursos que tem afetado” e alerta que a “situação da UFRB é muito semelhante a das 69 universidades federais e do Brasil”. 

Em 2021, a universidade teve a supressão de um montante no valor de R$ 11,1 milhões em seu orçamento discricionário, o que representa um decréscimo da ordem de 22,8% quando comparado ao ano de 2020.

Mas o reitor chama atenção que a UFRB enfrenta uma situação ainda mais complicada. Por ser uma universidade mais nova, além das despesas básicas, ainda precisa de recursos para suprir demandas de infraestrutura. Nesse contexto, Fábio descreve a retenção de recursos como “cortes nocivos”. 

Em 2021, serão destinados R$ 423 mil para investimentos em obras e compra de equipamentos, enquanto no exercício anterior (2020) foram destinados, inicialmente, cerca de R$ 7,3 milhões.

O reitor também conta que o corte no orçamento da UFRB compromete diretamente o pagamento de despesas essenciais, tais como: energia elétrica, água, serviços terceirizados, compra de materiais, manutenção predial e de equipamentos, bolsas e auxílios estudantis. 

Confira entrevista completa no PodCast Altos Papos.