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Conservadores vencem na Alemanha e extrema direita tem ascensão recorde

Os conservadores do União Democrática Cristã (CDU) venceram no domingo (23) a eleição da Alemanha, que deu uma guinada à direita com uma derrota histórica do Partido Social-Democrata, do atual primeiro-ministro Olaf Scholz, e um crescimento recorde da extrema direita.

  • SPD — 120 cadeiras; 86 a menos que em 2021
  • CDU — 208 cadeiras; 11 a mais que em 2021
  • AfD — 152 cadeiras; 69 a mais que em 2021
  • Partido Verde — 85 cadeiras; 33 a menos que em 2021
  • A Esquerda — 64 cadeiras; 25 a mais que em 2021

O resultado oficial confirmou também o que indicavam as pesquisas de boca de urna e de intenção de voto. De acordo com a agência eleitoral do governo alemão, a porcentagem de votos foi a seguinte:

  • Friedrich Merz, da UCD, de oposição ao atual governo, teve 28,5% dos votos.
  • Em segundo lugar, o AfD levou cerca de 20,5% dos votos, percentual previsto anteriormente.
  • O PSD, de Olaf Scholz, apareceu na terceira posição, com 16,5%.
  • O Partido Verde teve 11,8% dos votos e ficou em quarto lugar, também conforme previsto.
  • Em quinto lugar, o bloco A Esquerda obteve 8,7% dos votos.

O resultado refletiu também o colapso do governo de Scholz, no fim do ano passado (leia mais abaixo), o que levou os alemães em peso às urnas: também segundo a agência eleitoral, o índice de participação foi de 83%, considerado alto para a média da Alemanha, onde voto não é obrigatório.

Mas as urnas também consagraram o AfD, que, embora tenha ficado em segundo lugar, foi a sigla que mais expandiu dentro do Parlamento, onde inflou e levou 69 assentos a mais dos que tinha em 2025, tornando-se, pela primeira vez, uma força consolidada no Bundestag.

Esta foi também uma ascensão recorde para um partido radical de direita desde a Segunda Guerra Mundial, quando os nazistas liderados por Adolf Hitler governaram o país.

Embora vencedor, o CDU não obteve a maioria necessária para governar, e caberá agora ao líder da sigla, Friedrich Merz, tentar alianças com outros partidos para conseguir formar governo.

Por G1

Foto: Reprodução/Redes Sociais