A agência reguladora da China aprovou, neste sábado, o uso da CoronaVac para toda a população do país. O imunizante contra a Covid-19, que é um dos dois usados na campanha de vacinação no Brasil, já vinha sendo aplicado na China em trabalhadores essenciais mais expostos ao risco de contrair a doença.
No Brasil, o uso do imunizante, desenvolvido em parceria com o Instituto Butantan, foi permitido em caráter emergencial. Com a aprovação do uso definitivo na China, é possível que a Sinovac também o solicite em breve à Anvisa. A CoronaVac também tem autorização de emergência para ser aplicada na Indonésia, Turquia, Chile, Colômbia, Uruguai e Laos.
A CoronaVac, produzida pelo laboratório Sinovac, é a segunda vacina aprovada na China. A primeira foi a da Sinopharm, que recebeu a autorização em dezembro.
A autorização para a CoronaVac na China foi dada “com condições”. De acordo com um comunicado divulgado neste sábado pela Sinovac, “os resultados, em termos de eficácia e segurança, ainda precisam de conformação plena”.
A Sinovac informou que a aprovação da vacina, em regime de duas doses, foi concedida baseada nos resultados de dois meses de testes clínicos em estágio avançado no exterior, dos quais os dados da análise final ainda não foram obtidos.
Os resultados da fase III dos ensaios clínicos da CoronaVac tiveram taxas de eficácia diferentes no Brasil, na Turquia e na Indonésia. Os testes brasileiros indicaram que a vacina tem uma eficácia de 50,65% contra o novo coronavírus, enquanto na Turquia essa porcentagem foi de 91,25% e na Indonésia, 65,3%.
A China também está testando a vacina em pessoas mais velhas e com idade entre três a 17 anos. Os resultados da fase I e II dos ensaios clínicos mostraram que o imunizante pode desencadear uma resposta imunológica com segurança. No entanto, os dados sobre a proteção em pessoas com mais de 60 anos ainda são “limitados”, disse a Sinovac.
