A Embasa vai realizar, no dia 30 de março, a segunda edição da Corrida da Água. O evento acontece na Avenida Nóide Cerqueira, às 6 da manhã, em frente ao Shopping Avenida. A Corrida da Água faz parte de uma série de ações realizadas pelo órgão no mês de março, quando é comemorado o dia mundial da água.
Durante bate-papo no Altos Papos, o gerente regional da Embasa, Raimundo Neto, destacou a importância da corrida como uma forma de conscientização da população.
“Vai ser um momento para que a gente possa se exercitar com percursos de três, cinco e dez quilômetros, mas também trazer essa reflexão que a água é vida e nós precisamos cuidar dela para as atuais e as futuras gerações”, destacou.
Segundo Neto, apenas 1% de toda a água disponível no mundo é doce e a grande questão é a forma como ela está distribuída para o consumo, inclusive no Brasil.
“O Brasil detém aproximadamente 12% das reservas de água doce disponíveis do mundo, porém essa distribuição não é uniforme em todo o território nacional. A região norte, que é onde reside a menor parte da população, tem 80% das reservas dessa água, principalmente na região amazônica. A região nordeste, a região sudeste, são as regiões do país com mais dificuldade de disponibilidade hídrica”, explicou.
Em Feira de Santana, de acordo com o gerente, a Embasa tem realizado ações para a ampliação do fornecimento de água para as casas no perímetro urbano e com destaque para a zona rural, área que mais sofre nos períodos de seca.
“Aqui na região de Feira de Santana o sistema de abastecimento de água está sofrendo uma ampliação. É a mais importante obra de abastecimento de água no Estado no momento e que já está na etapa final. Hoje que nós temos um sistema com capacidade 1.500 litros, já conseguimos operar com 1.700 litros por segundo. Quando nós terminarmos essa obra, nós operaremos com 2.250 litros por segundo, que é suficiente para a demanda atual e futura em Feira”, ressaltou Neto.
Para ele, o principal desafio da água na atualidade é a qualidade para o consumo humano. “Existem alguns mananciais que devido a ocupação nas margens, o lançamento de agrotóxicos, os processos de erosão e de assoreamento de rios, há mananciais que se tornaram impraticáveis para serem captados, tratados e distribuídos para a população”, salientou o gerente, que também faz um alerta para o uso de poços artesianos.
“Esses poços tubulares não passam por um processo de tratamento e se eles estiverem, a uma distância não tão longa de contaminações com esgoto ou de fossa séptica, onde ainda não existe o sistema de esgotamento sanitário, é quase certeza que esses poços tenham alguma contaminação bacteriológica”.
Para evitar qualquer tipo de contaminação, Neto recomenda a utilização da água proveniente de poços para usos que não estejam ligados ao consumo humano como jardinagem e limpeza.
Por Marcus Matos/Altos Papos
Foto: Divulgação
