Altos Papos

Fronteira com o Egito é fechada, e brasileiros seguem na Faixa de Gaza

A fronteira entre o sul da Faixa de Gaza e o Egito voltou a ser fechada nesta sexta-feira (10), e a passagem de brasileiros e seus parentes que aguardavam para cruzá-la ficou incerta.

O grupo integra a 7ª lista de estrangeiros que haviam sido autorizados a deixar o território nesta sexta. Desde cedo, eles estavam em frente ao posto de controle da cidade fronteiriça de Rafah, que atualmente é a única via de saída da Faixa de Gaza, aguardando para poder sair.

Uma nova tentativa será feita no sábado, segundo afirmou ao g1 o embaixadores do Brasil na Palestina, Alessandro Candeias.

Candeias disse que apenas cinco ambulâncias com feridos foram autorizadas a passar pela fronteira nesta sexta, e demoraram para chegar até o posto de controle.

Parte da demora, disse o embaixador, ocorreu por conta da “forte presença militar israelense em combates ao redor de hospitais”, o que fez com que as ambulâncias demorassem para conseguir sair. Mais cedo, o Crescente Vermelho (como é chamada a Cruz Vermelha em países de maioria islâmica) afirmou que uma ação militar de Israel no hospital Al-Quds, no norte de Gaza, deixou um morto e 19 feridos.

A passagem de Rafah fica aberta apenas por algumas horas diariamente, por exigência de Israel e do Egito, que alegam risco de que integrantes do grupo terrorista do Hamas possam cruzar a fronteira.

O embaixador afirmou esperar que o grupo de brasileiros e seus parentes consiga deixar o território palestino no sábado (11).

“Se as ambulâncias puderem sair amanhã, os estrangeiros também poderão, inclusive nossos brasileiros”, disse Candeias ao g1.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, confirmou que a passagem foi fechada.

“Apesar de terem sido levados até o posto de controle, eles não puderam passar. A passagem é complexa, porque o posto de controle de Rafah fica aberto durante apenas algumas horas por dia, e existe um entendimento de que ambulâncias passam primeiro. Foi o que aconteceu hoje”, declarou Vieira.

O chanceler também afirmou que a lista com o nome dos 34 que integram o grupo, aprovada na quinta-feira (10) por autoridades que controlam a passagem, já estava em mãos dos governos do Egito e de Israel “havia vários dias”.

Por G1

Foto: Mahmud Hams/ AFP