As recentes mudanças nas diretrizes do Instagram e do Facebook, implementadas pela empresa Meta, contribuíram para o aumento no alcance do vídeo sobre o monitoramento do Pix, publicado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), há uma semana.
Ao analisar a projeção que o vídeo ganhou, ultrapassando mais de 324 milhões de visualizações até esta quarta-feira, 22, o editor-executivo da agência de checagem de informações Aos Fatos, Alexandre Aragão, chamou a atenção de que essa “novidade” favorece o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“O anúncio de Mark Zuckerberg [CEO da Meta], no início do mês, incluiu também uma mudança que dá mais destaque a conteúdos políticos. Foi o que aconteceu com o vídeo de Nikolas Ferreira. Não que o conteúdo tenha viralizado apenas por conta dessa alteração no algoritmo do Facebook e do Instagram, mas certamente isso foi um dos fatores que ajudaram o post a alcançar muito mais pessoas. Esse discurso de Zuckerberg não indica que uma tendência política específica será favorecida, mas essa movimentação é claramente uma demonstração de apoio a Trump”, afirmou ao Altos Papos.
Para Alexandre Aragão, “as mudanças nas regras de moderação de conteúdo são as mais preocupantes”, já que, segundo ele, “além de retirar a checagem de fatos, o Facebook e o Instagram passaram a permitir vários tipos de postagens que antes eram vetadas até mesmo no Brasil, incluindo desde publicações potencialmente racistas e machistas”.
Texto produzido pelo estagiário de jornalismo Rafael Carvalho, sob supervisão do jornalista Taiuri Reis
Foto: Arquivo pessoal