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Polícia investiga Elize Matsunaga por uso de falso atestado de antecedentes criminais

A Polícia Civil de São Paulo abriu investigação contra Elize Matsunaga por suposta falsificação de documento. Ela estaria utilizando um atestado de antecedentes criminais falsificado.

Segundo a polícia de Sorocaba, no interior paulista, a irregularidade foi comprovada após perícia, e Elize foi alvo de um mandado de busca e apreensão na segunda-feira, 27. Ela foi levada à delegacia, prestou depoimento e foi indiciada pelo crime de uso de documento falso.

Ainda de acordo com a polícia, um notebook e um aparelho celular de Elize foram apreendidos e periciados.

Nas redes sociais, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, escreveu: “A Polícia Civil identificou que Elize Matsunaga usava documento falso em Sorocaba. Infelizmente, a reincidência criminal é uma das realidades com as quais nossas polícias se deparam. Ela havia sido solta na progressão de pena, que se demonstra um entrave para a segurança pública”.

Relembre o caso

Em 2012, Elize Matsunaga assassinou o marido, Marcos Kitano Matsunaga, então diretor-executivo da indústria de alimentos Yoki, no apartamento do casal, na zona oeste de São Paulo. Segundo informou as autoridades, ela teria descoberto que ele tinha uma amante, e, durante uma discussão, atirou no empresário. Em seguida, esquartejou o corpo e o deixou em vários pontos da cidade.

Em depoimento dias após o crime, Matsunaga confessou o ocorrido e foi levada à Penitenciária Feminina de Tremembé.

Ela foi denunciada por homicídio doloso triplamente qualificado, destruição e ocultação de cadáver. No dia 28 de novembro de 2016, teve início o julgamento do caso no Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães, em São Paulo.

Entre as testemunhas ouvidas pelas autoridades, estavam o irmão da vítima, o delegado que presidiu o inquérito e um funcionário da empresa dirigida por Marcos, entre outras.

Na madrugada de 5 de dezembro de 2016, Elize Matsunaga foi condenada a 19 anos, 11 meses e um dia de prisão pelo crime, sendo 18 anos e 9 meses de prisão por homicídio sem chance de defesa, e um ano, dois meses e um dia por ocultação de cadáver.

O júri acatou os pedidos da acusação de qualificação de que o crime não ofereceu chance de defesa à vítima, mas recusou inferir que foi motivo torpe e meio cruel.

Em 2019, ela teve sua pena reduzida para 16 anos e três meses pela 5 Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) por confessar o crime.

Elize deixou a Penitenciária Feminina de Tremembé após dez anos presa em 2022, depois que uma decisão judicial concedeu liberdade condicional a ela.

Segundo informou o advogado de Matsunaga, a previsão é de que a pena em liberdade seja cumprida até janeiro de 2028, com possibilidade de redução de 50 dias por trabalho e estudo enquanto estava na penitenciária.

Por CNN Brasil

Foto: Estadão Conteúdo