Altos Papos

Protocolo de saúde mental deve ser prioridade na volta às aulas, alerta especialista

Em agosto de 2020, uma pesquisa encomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) revelou que cerca de 90% das crianças apresentaram alterações comportamentais desde o início da pandemia de covid-19. 

Entre essas mudanças, destacam-se oscilações de humor, episódios de agressividade, medo e transtornos psicológicos e psiquiátricos como depressão e ansiedade. Isso está também relacionado à falta de socialização das crianças pequenas, antes tão acostumadas com as interações no ambiente escolar. 

Com a volta às aulas presenciais, porém, pais e mães enfrentam um novo momento de preocupação com os filhos, que podem apresentar dificuldades de adaptação ao terem de ir para a escola após um ano inteiro de convivência intensa apenas com os moradores da casa. 

Em entrevista ao programa Altos Papos, o psicólogo e psicanalista Alessandro Marimpietri, especialista em Psicologia e Educação e doutorando em Ciências da Educação na Universidade Nacional de Cuyo, na Argentina ressalta que nessas em situações desafiadoras, as crianças são guiadas pelo comportamento dos pais. 

“Os pais são nortes para as crianças. Elas se espelham no modo como os pais enfrentam essas situações. O cenário é de medo. É natural que haja temor e os pais precisam buscar entender que toda escolha implicará em perdas, então precisamos avaliar riscos, prós e contras”, diz o psicólogo, que acredita que a volta às aulas deve vir acompanhada de um protocolo que cuida da saúde mental. 

“A volta às aulas deve voltar com segurança e um protocolo de saúde mental, que vise o  acolhimento de famílias,crianças e educadores. Um protocolo de acolhimento  produz a saúde mental”, ratifica. 

Confira a entrevista completa no Podcast Altos Papos.