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PT faz evento a partir desta sexta para discutir eleições e alianças; Lula participa no domingo

O Partido dos Trabalhadores (PT) se reúne a partir desta sexta-feira (1º), em Brasília, para discutir diretrizes de atuação da sigla para os próximos quatro anos.

Membros do partido vão concluir e aprovar, até este domingo (3), um documento que vai orientar a nova gestão petista, sob comando de Edinho Silva.

O texto, que vem sendo trabalhado ao longo das últimas semanas, deverá destacar os desafios do PT para impulsionar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à reeleição.

Segundo dirigentes, o documento deve defender a criação de uma “ampla aliança” de partidos e movimentos sociais para dar sustentação à campanha do próximo ano. Também cobrará diálogo com evangélicos e melhorias na comunicação do PT, do governo e de “forças que o apoiam”.

Internamente, as eleições do próximo ano têm sido avaliados como uma das mais complexas dos últimos anos. Eleito para comandar o PT até 2029, Edinho Silva tem reconhecido que a candidatura de Lula ao quarto mandato será o “maior desafio” da sigla.

Em entrevista ao g1, no início de julho, o novo comandante da sigla defendeu uma ampliação do diálogo com aliados históricos e o fortalecimento de pontes com “forças políticas” que apoiaram Lula em 2022.

O documento, que será discutido ao longo deste fim de semana, servirá como guia para as decisões políticas do partido no mandato de Edinho e refletirá as intenções da militância para o futuro da legenda.

O ex-prefeito de Araraquara (SP) assumirá oficialmente a presidência nacional do PT neste domingo (3). Em um ato com a participação de Lula, Edinho Silva falará aos petistas após a aprovação da versão final do texto.

  • A tese partidária será baseada em uma proposta apresentada pela ala dominante do partido, a Construindo um Novo Brasil (CNB), que saiu vencedora nas eleições internas de julho.
  • Segundo o relator do documento, Alberto Cantalice, o texto final deve trazer algumas mudanças. As principais serão nos trechos que tratam do comércio internacional.
  • O documento deve criticar as decisões do governo dos Estados Unidos que impuseram uma sobretaxa a produtos brasileiros e condenar a suposta atuação da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em favor do tarifaço.

Por g1

Foto: Reprodução