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Rui rebate críticas de Colbert sobre violência em Feira: ‘Vi como ato de renúncia’

O governador Rui Costa (PT) rebateu declarações do prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins (MDB), que publicou um vídeo nas redes sociais, neste domingo (30), citando os problemas de segurança pública enfrentados pela cidade. Rui interpretou a fala do prefeito “como ato de renúncia”. “Acho que vai renunciar ao mandato de prefeito para ser candidato a deputado federal e resolveu fazer uso político. Porque não consigo achar seriedade naquela fala”, disse nesta segunda-feira (31).

No vídeo, Colbert, que esteve no Ministério da Justiça, em Brasília, em busca de recursos voltados para a segurança no município, criticou a situação do Complexo Policial Investigador Bandeira, a pouca quantidade de companhias da Polícia Militar existentes em Feira e destacou o avanço da criminalidade.

Rui afirmou que durante a viagem o prefeito de Feira se “contaminou com o vírus do Bolsonaro”. “Ele veio de uma viagem de Brasília, representando o governo federal, eu acho que ele se contaminou com o vírus do Bolsonaro. Além de estar aliado, ele decidiu se contaminar. Entendi aquilo como ato de renúncia. Em Feira toda vez que eu vou fico impressionado, cidade escura, suja, abandonada. Então escuridão aumenta ou diminui violência?”, questionou Rui durante coletiva após a inauguração da Maternidade enfermeira Maria da Conceição de Jesus, no Subúrbio de Salvador.

Na ocasião, o governador também fez crítica a falta de ação da gestão municipal em relação a educação. Segundo Rui, se não fosse pela atuação do governo do estado, Feira de Santana não teria ensino fundamental. “Então uma prefeitura e um prefeito que se quer oferece creche e educação fundamental para os filhos da sua cidade vem falar de violência? Educação ajuda a aumentar ou diminuir violência?”, questionou.

O governador concluiu atribuindo a culpa da situação da segurança enfrentada por feira ao governo federal e ao apoio do prefeito ao governo de Jair Bolsonaro. Rui questionou se a miséria, desemprego, e fome contribuíam para aumento ou redução da violência. “Então o aliado dele, em quem ele votou e fez campanha está destruindo o país. Ele é responsável também”, finalizou.