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“Sempre dá confusão”, diz Jaques Wagner ao falar da minirreforma ministerial

O líder do governo no Senado Federal, senador Jaques Wagner (PT/BA), afirmou nesta segunda-feira, 31, que qualquer minirreforma ministerial pode dar ‘confusão’. Segundo ele, quando as mudanças são amplas, envolvendo volume maior de pastas, fica mais fácil negociar com aliados.

“Se fosse uma reforma ampla, encaixa todo mundo. Como ela não é ampla, é específica para um determinado fim — que é correto de tentar ampliar e pacificar a base na Câmara e Senado também –, evidentemente que para dar você tem que tirar. E se você vai tirar, sempre dá confusão”, ressaltou.

Wagner disse ainda que, no atual sistema político brasileiro, é normal que o Executivo dependa de outros partidos para governar. A declaração foi dada em referência ao Republicanos e ao Progressistas, que estão prestes a obter espaço na Esplanada dos Ministérios.

Nesse contexto, o líder do governo fez questão de dizer que o Ministério do Desenvolvimento, Assistência Social e Combate à Fome não ‘está em jogo’.

“Essa expectativa tende a zero. Isso aí não é problema meu, mas a entrega de um ministério que é a cara dele [presidente Lula] para um partido que não tenha história [não é viável]”, completou.

Segundo a CNN, a reforma ministerial que deverá ser promovida por Luiz Inácio Lula da Silva para acomodar o Centrão pode envolver mudanças maiores do que o inicialmente previsto.

Um dos cenários estudados inclui, por exemplo, fazer mudanças no Ministério da Defesa. Esse seria um caminho para acomodar o vice-presidente Geraldo Alckmin, hoje à frente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

A pasta entrou na lista de possibilidades para trazer o Republicanos para dentro do governo. Inicialmente, o Ministério do Esporte foi oferecido para o deputado Silvio Costa Filho. Depois, o Planalto acenou à legenda com o Ministério de Ciência e Tecnologia, espaço visto pelo Republicanos com menor interesse.

Por CNN Brasil

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado