Entre os dias 1º de janeiro e 16 de junho deste ano, a rede municipal de saúde aplicou 6.272 doses da vacina tríplice bacteriana, conhecida como DTP. A vacina faz parte do calendário de imunização da criança e está disponível em todas as 103 salas de imunização distribuídas nas unidades da Atenção Primária à Saúde — UBS e USF.
O esquema de vacinação inclui duas doses de reforço, sendo a primeira aos 15 meses e a segunda aos 4 anos de idade. Se a criança não receber o imunizante, recomenda-se a aplicação até os 6 anos, 11 meses e 29 dias.
As doses de reforço devem ser aplicadas após o esquema básico completo, que é de três doses com a vacina penta. Para garantir a proteção da criança, os pais ou responsáveis deve levar o documento de identificação, cartão do SUS e a caderneta de vacinação.
Cenário nacional
O Brasil voltou para a lista de países com mais crianças não vacinadas no mundo, segundo relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da Organização Mundial da Saúde (OMS). O cenário nacional era de 103 mil crianças não vacinadas em 2023, e passou para 229 mil em 2024.
Em entrevista ao Altos Papos, o médico infectologista do Grupo Fleury, Celso Granato, demonstrou surpresa com os números divulgados e alertou para a possibilidade de uma subnotificação da vacinação para a DTP, também conhecida como vacina tríplice bacteriana, que protege contra difteria, tétano e coqueluche.
“Nós ficamos um pouco surpresos com essa notícia, porque o Brasil tem apresentado uma recuperação da sua vacinação de forma geral. Em 2015, notamos uma diminuição da vacinação. Mas, a partir de 2023, vimos que houve uma retomada. Então, acreditamos que esse dado de diminuição da vacinação para a DTP possa ter um outro componente, como a diferença entre algumas cidades de vários estados do Brasil, que podem estar reportando um número menor”, afirmou.
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