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Zuckerberg fala sobre ‘apagão’ nas redes e nega acusações sobre empresa priorizar lucro

Após ‘apagão’ nas principais redes sociais, como WhatsApp, Instagram, na última segunda (4), Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, publicou na noite da última terça-feira (5) um longo texto em seu perfil na rede social comentando sobre o ocorrido.

De acordo com o empresário, foi a pior falha em anos e que a empresa passou as últimas 24 horas avaliando como fortalecer seus sistemas contra esse tipo de problema. “A preocupação mais profunda com uma interrupção como essa não é quantas pessoas mudam para serviços da concorrência ou quanto dinheiro perdemos, mas o que isso significa para as pessoas que dependem dos nossos serviços para se comunicar com seus entes queridos, administrar seus negócios ou apoiar suas comunidades”, disse.

Na publicação, ele também se defende de acusações sobre como a companhia teria lidado com informações de que suas redes prejudicam a imagem que adolescentes têm de si próprios. Ainda no texto, Zuckerberg também se defendeu das acusações de que a empresa prioriza o lucro sobre a segurança e o bem-estar dos seus usuários não são verdadeiras. Vale lembrar que a instabilidade causou prejuízo de mais de R$35 bilhões e fez com que o empresário caísse de posição na lista de pessoas mais ricas do mundo.

“No centro destas acusações está esta ideia de que priorizamos o lucro em relação à segurança e bem-estar. Isso simplesmente não é verdade. Por exemplo, um movimento que foi posto em causa foi quando introduzimos a mudança de Interações Sociais Significadas para o Feed de Notícias. Esta mudança mostrou menos vídeos virais e mais conteúdos de amigos e familiares — o que sabíamos que significaria que as pessoas passavam menos tempo no Facebook, mas essa pesquisa sugeriu que era a coisa certa para o bem-estar das pessoas. Isso é algo que uma empresa focada nos lucros sobre as pessoas faria?”, indagou.
“Dizer que pressionamos deliberadamente conteúdo que deixa as pessoas irritadas com lucro é profundamente ilógico. Ganhamos dinheiro com anúncios e os anunciantes dizem-nos consistentemente que não querem que os seus anúncios estejam ao lado de conteúdos prejudiciais ou irritados. E não conheço nenhuma empresa de tecnologia que se propõe a construir produtos que deixem as pessoas irritadas ou depressivas. Os incentivos morais, empresariais e de produtos apontam para o sentido oposto.
A maior parte do pronunciamento foi sobre esse caso. Ele listou medidas que, na sua opinião, provam que isso não é verdade, como o fato da empresa se preocupar em fazer pesquisas sobre a percepção que esse grupo tem das redes, e ter ferramentas pelas quais os pais podem controlar o conteúdo que os filhos acessam.

“Tenho orgulho de tudo o que fazemos para continuar construindo os melhores produtos sociais do mundo e sou grato a todos vocês pelo trabalho que realizam aqui todos os dias”, afirmou.