O governo da Ucrânia emitiu um alerta para o risco de explosão nuclear na usina de Chernobyl. Tropas russas controlam a central e estariam circulando na região com veículos de artilharia pesados.
Nesta quarta-feira (30/3), em pronunciamento, a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, pediu ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) uma missão especial para desmilitarizar a área.
Vereshchuk defendeu que é preciso “eliminar o risco de repetição de uma catástrofe nuclear”. Chernobyl ficou marcada pelo maior acidente nuclear da história, em 1986.
Na última semana, inspetores de atividades nucleares da Ucrânia disseram ter registrado aumento no nível de radiação em Chernobyl.
ONU em alerta
A Organização das Nações Unidas (ONU) está preocupada com a segurança das usinas nucleares na Ucrânia. O chefe da agência de vigilância nuclear da entidade, Rafael Mariano Grossi, está em missão no país.
O governo ucraniano pediu missão para “assistência técnica urgente a fim de garantir a segurança das instalações nucleares do país e ajudar a evitar o risco de um acidente que possa colocar em risco as pessoas e o meio ambiente”.
Na terça-feira (29/3), a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse que as conversas com altos funcionários do governo se concentrarão nos planos da agência de segurança.
“O conflito militar está colocando as usinas nucleares da Ucrânia e outras instalações com material radioativo em perigo sem precedentes”, declarou Grossi.
O chefe da área declarou que já ocorreram “vários problemas” nas instalações nucleares e alertou que o mundo não pode perder mais tempo com isso.
A Ucrânia solicitou ajuda da ONU após incêndios na zona de exclusão de Chernobyl. A usina é controlada por tropas russas há mais de um mês.
“Poeira radioativa”
Soldados russos estariam dirigindo veículos blindados em Chernobyl, pela região da Floresta Vermelha — área de extrema radiação. O movimento estaria levantando nuvens de “poeira radioativa”.
As informações foram divulgadas na segunda-feira (28/3) por agências internacionais de notícias.
Por Metropoles