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Feira de Santana: valor da cesta básica sobe pelo terceiro mês seguido e passa de R$ 455, em novembro

Levantamento realizado pela UEFS e divulgado nesta segunda-feira, 6, mostrou que o preço da cesta básica em Feira de Santana manteve o ritmo de alta pelo terceiro mês seguido e chegou a custar, em novembro, R$ 455,44. Esse valor é 2,88% mais caro do que o registrado no mês anterior.

Em novembro, os produtos que tiveram maior aumento foi o tomate: 16,18%, farinha (9,90%), o óleo (4,06%) e o pão e o açúcar (ambos com incremento de 3,27%). A queda de preço médio mais expressiva foi notada no arroz: -6,47%. Os demais produtos que compõem a cesta
tiveram variações nos seus preços médios de até 2,5%, para mais ou para menos.

A equipe de professores e alunos do curso de Ciências Econômicas da UEFS que trabalham no Programa “Conhecendo a Economia Feirense: custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos” alertam que, em 2021, o custo da cesta básica aumentou em 10,68%, e que esse resultado foi puxado principalmente pelo tomate, café e açúcar.

Almoço e café da manhã mais baratos

Os alimentos básicos que compõem o prato de almoço – arroz, feijão e carne – foram responsáveis por 38,87% em novembro, percentual inferior ao calculado em outubro
(40,18%). A explicação para esse fenômeno está redução do preço dos dois grãos e na
pequena elevação verificada no preço médio da carne (0,55%).

O tradicional café da manhã – pão, manteiga, leite e café – representou 28,97% do custo da cesta. Também se trata de um percentual pouco menor que o verificado no mês anterior (29,30%), e aqui o produto que contribuiu para esse resultado foi a manteiga, único alimento que
apresentou queda nesse subgrupo (-2,01%).

Mais horas trabalhadas

No que tange ao salário mínimo líquido vigente (salário mínimo descontado a
previdência), o valor da cesta básica comprometeu 44,76% do ganho do trabalhador de
Feira de Santana em novembro. Em relação ao tempo de trabalho gasto para a compra
dos produtos da cesta, constata-se um dispêndio 98 horas e 28 minutos. Foram 2 horas
e 45 minutos a mais de tempo de trabalho gasto para esse fim que o observado no mês
de outubro.