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Sem kit intubação, pacientes são amarrados às camas em UTIs

A prática de contenção mecânica nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) brasileiras foi intensificada durante a pandemia da Covid-19 por conta da superlotação de pessoas nos hospitais e insuficiência de sedativos e tranquilizantes. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.

A técnica utilizada consiste em amarrar os dois braços de pacientes intubados para evitar uma reação agressiva e danosa no momento da retomada da consciência. O método é utilizado para preservar a saúde dos enfermos.

Um dos principais fatores que incentiva a prática é a escassez do “kit de intubação”, com sedativos e bloqueadores neuromusculares, em 17 estados e o Distrito Federal, onde as UTIs ultrapassam 90% de ocupação, de acordo com o levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) flexibilizou as regras para tentar evitar o esgotamento do kit e profissionais da saúde passaram a utilizar drogas de segunda ou terceira linha para garantir a sedação ou compensando a ausência de bloqueadores com mais sedativos.