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Em ação de campanha no McDonald’s, Trump serve fã brasileira e ouve: ‘Não deixe os EUA se tornarem o Brasil’

O ex-presidente dos Estados Unidos candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, apareceu em um restaurante de fast-food do McDonald’s na Pensilvânia neste domingo, 18, vestindo-se de funcionário e trabalhando no “drive-through”, em uma operação que faz parte de sua campanha à presidência dos EUA. Para surpresa de muitos internautas, uma brasileira apareceu na peça publicitária demonstrando apoio a Trump e pediu que o republicano “não deixe os EUA se tornarem o Brasil”.

“Por favor, não deixe os EUA se tornarem o Brasil, meu país natal. Por favor, por favor”, diz a brasileira. “Nós vamos torná-lo (os EUA) melhor do que nunca, ok?”, responde Trump. A brasileira agradece, aparece emocionada e diz que foi um enorme prazer conhecê-lo. A brasileira que aparece na peça publicitária não diz, no vídeo, se mora ou vota no país.

A operação, teve como objetivo expor o que ele chamou de mentira de Kamala Harris, sua rival nas eleições — que disse ter trabalhado em uma loja da rede na juventude. O vídeo foi divulgado por uma integrante da campanha de Trump nas redes sociais.

Trump protegeu sua camisa branca e gravata com um avental. Depois que lhe mostraram como preparar as batatas fritas, ele começou a trabalhar: fritando-as, salgando-as generosamente e colocando-as nas embalagens. A loja não estava aberta para clientes regulares e, ao que tudo indica, as pessoas que aparecem sendo atendidas por Trump teriam sido previamente selecionadas.

“‘Embora não sejamos uma organização política, abrimos nossas portas com orgulho para todos e, como um local de propriedade e operação local, esta visita oferece uma oportunidade única de destacar o impacto positivo das pequenas empresas aqui em Feasterville”, diz a lanchonete em comunicado.

Conhecido por sua paixão por hambúrgueres e fast-food, o político de 78 anos se dirigiu ao balcão. “Presente de Trump”, disse ele a uma família que esperava para ser atendida em um restaurante em Feasterville, perto da Filadélfia.

“Já trabalhei 15 minutos a mais do que Kamala, que nunca trabalhou aqui”, disse ele pouco depois de começar o “serviço”.

Kamala afirmou que no verão de 1983, quando era estudante, trabalhou em um McDonald’s, alternando entre o caixa, a fritadeira e a máquina de sorvete em um restaurante em Alameda, perto de Oakland, Califórnia.

Trump afirma que isso é uma mentira da candidata democrata, embora sem fornecer provas. A equipe de campanha da vice-presidente também não provou a veracidade da versão de Harris. O emprego ocasional em um restaurante de fast-food é, de fato, uma realidade com a qual milhões de americanos podem se identificar.

Voto antecipado: Cerca de 12 milhões de eleitores já votaram para escolher entre Kamala e Trump
O republicano ganhou, na reta final da disputa, o reforço bilionário de Elon Musk, fundador da Tesla e da SpaceX, que o acompanhou pessoalmente na Pensilvânia com uma série de eventos. Falando em Harrisburg, Musk anunciou que começará a distribuir aleatoriamente prêmios em dinheiro — US$ 1 milhão (R$ 5,66 milhões) por dia até 5 de novembro — para os eleitores do estado que assinarem a petição de sua organização para endossar Trump.

Por O Globo

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